quarta-feira, 18 de maio de 2011

DAS DORES

Dor de alma, dor que vem e passa, dor que volta e fica.
            Das várias dores que já senti a pior delas é aquela que não consigo explicar, que quando chega parece que é pra ficar. Que deixa os dias ensolarados frios e nublados, que sangra sem parar. Sem motivos ou pretensões ela se instala no meio da sala ou em qualquer outro lugar onde você possa estar.
            Dor pesada, difícil de carregar. Envenena meu corpo, enruga meu espírito, engessa meus sentimentos e não há cura é somente uma questão de tempo.
            Dá pra fugir, é só tomar uns comprimidinhos fechar os olhos e dormir, porém a dor faz parte da vida e tem a importante tarefa de corrigir nossas rotas. É uma professora severa, porém amorosa. Então deixa doer, respire fundo sinta a dor e aprenda o que ela veio lhe ensinar.
            Doloroso mesmo é não conseguir entender, se fazer de vítima se esconder. É preciso ter coragem para sentir e abraçar a dor, ainda mais nesta sociedade que valoriza o prazer imediato e um mundo de facilidades ao alcance do cartão de crédito.
            Driblar a dor pode até ser uma tarefa fácil, porém é impossível fugir de si mesmo por muito tempo. Essa fuga leva a solidão, a depressão, a síndrome do pânico a surtos, descontrole... 
            Deixe a dor te embalar, ouça sua voz, acolha. Simplesmente sinta, sem julgar ou esperar qualquer coisa. Não ataque a geladeira e pare de falar. Singelamente sinta e curta o seu pesar, isso passa e você fica mais forte, pode acreditar.

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