domingo, 31 de julho de 2011

QUANTO DA Amy Winehouse HÁ EM VOCÊ?

            
             Toda morte precoce levanta especulações e reflexões e com essa não podeia ser diferente. Vendo clips, entrevistas e imagens é fácil deduzir que essa tragédia estava anunciada, mas do que isso parecia uma escolha.
            Minha reação ao saber do fato foi traze-la para a condição de simples mortal igual a mim e todos que estão a minha volta. Nossas vidas, nossas escolhas.
            Os prazeres relacionados ao mundo material e a carne são muito sedutores e a primeira vista são tão inofensivos. Seguir seu chamado sem olhar para trás é quase que inevitável, é claro que em alguns momentos a gente até pensa: “Meu Deus, o que estou fazendo da minha vida! Mas é tão bom! Depois eu posso parar assim que quiser... Só mais um pouco... É tão bom...”
            Em nome destes prazeres se abre mão de muitas coisas, entre elas a saúde física, o equilíbrio emocional e o crescimento espiritual. Chega um momento que os prazeres não são mais tão agradáveis, parecem oprimir, um fardo pesado mas que ainda podemos carregar e resolver sozinhos.
            Então aparecem os médicos, os amigos e a família que falam: Você precisa controlar a sua alimentação, parar de fumar, fazer sexo com camisinha, não abusar da velocidade, comprar menos e economizar mais e tantos outros descontroles que cometemos.
            Este é o seu momento de  “Amy Winehouse”: as pessoas dizem que eu preciso disto ou daquilo e respondo: Não, não,não!!!
            Antes de acontecer a fatalidade há muitos avisos, ela sabia a que estava se predestinado, mas o orgulho falou mais forte.
            Tenho alguns hábitos e manias bandidas na minha vida, muitas pessoas já me alertaram a respeito delas e analisando tudo isso vou passar a responder: Eu vou, vou, vou!!!

sábado, 30 de julho de 2011

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

Estamos no inverno e mesmo assim, hoje fez um dia de sol, é sexta-feira, a temperatura está agradável, não tenho fome, dormi bem a noite e minhas roupas estão adequadas e confortáveis.
Mas, dentro de mim, lá no fundinho no âmago mesmo: há uma inquietação. Uma voz irritante que não quer calar. Começou como um sussurro logo que acordei e que mansamente foi ganhando volume e força para nublar meu dia.
Paradoxalmente há sol fora e tempo fechado dentro. E me convido a pensar...
A verdadeira paz não está relacionada ao que se passa a nossa volta. Uma situação favorável pode nos fazer feliz, mas não nos dar paz. Uma ocasião de perda ou sofrimento pode nos deixar tristes, mas não nos roubar a paz.
Demorei muito tempo para entender o que é paz, a busca para conquista-la também foi árdua. Estar em paz nos deixa mais fortes para enfrentar as adversidades e gozar as vitórias.
A paz te dá asas, tira do lugar comum, não há rotina, ansiedade, medo. Apenas a vida correndo como um rio, em alguns pontos é suave, em outros intenso, mas está sempre fluindo.
Posso não estar em meu melhor dia, mas sei que nada é permanente e embalo minha inquietação nos braços da paz, aceito, confio e sigo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

TEM UM UNIVERSO INTEIRO DENTRO DE MIM

Sou água
Sou sol
Sou pedra
Sou o infinito sem fim
Me sinto largada, imensa, morna, terna, intensa
De um lado levo o tempo
Do outro o momento
Venho e vou ao sabor do vento
Sou o campo e a camponesa
A luz e a escuridão
O nascer e o por do sol
A nuvem, o pó e a chuva
Na velocidade de um raio
Em tudo tem um pouco de mim
Me sinto assim
Cheia de possibilidades
Se isso dura ou acaba
Não importa
O que interessa agora é que
Tenho um universo dentro de mim

terça-feira, 26 de julho de 2011

Se tiver pressa, ande devagar

 
SEIWERT, Prof. Lothar J. Se tiver pressa, ande devagar Editora Fundamento, São Paulo, 2004, 166 págs.
          Foi uma boa leitura, tive muitas descobertas práticas e úteis sobre mim mesma, a maneira como reajo as situações e como direciono meu tempo. Além é claro de apresentar um texto agradável e que prende o interesse. É preciso lembrar que há coisas bem densas como a parte que fala do funcionamento do cérebro e dá uns códigos que tem que ser lembrados depois para que a leitura faça sentido e me fazia ficar voltando, além de muitas tabelas e gráficos que eu pessoalmente tive dificuldade em interpretar. Há várias citações e as explicações são bem detalhadas (em alguns casos até demais). O que incorporei valeu a pena, organização da minha agenda e melhor aproveitamento do meu tempo, bem como saber distribuir atenção igual a várias áreas que dividem a nossa vida tais como carreira, família, atividades físicas, etc. 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

CONSTRUINDO RELAÇÕES

      
        Alguns anos atrás fiz um curso na área de saúde e no qual era obrigatório o estágio, passando por todas as especialidades médicas. Uma das situações mais tristes foi na geriatria.
        Durante os horários de visita eu percebia alguns leitos rodeados de afetos, beijos e olhares amorosos. Já outros permaneciam silenciosos, frios e solitários tendo ali apenas o paciente e sua cara amarrada.
        Lembro de na época sentir muita pena dos idosos solitários e achava também uma injustiça da família que não conseguia separar alguns momentos do seu dia para estar ali, levando conforto para aquelas almas tão cansadas.
        Hoje ao observar um pai buscar uma criança em um parque de brinquedos (destes que tem em Shopping), comecei a entender algumas coisas. O pai estava com um amigo e pela conversa e a lata de cerveja na mão, deu a entender que ele passou a hora que o filho esteve ali, bebendo e relaxando. Calma, que isso não é errado e não tem nada demais em fazer.
        Porém, ao chegar no portão nem teve a gentileza de cumprimentar o funcionário que ali estava e até então, cuidando de seu filho. Apenas se encostou na mureta e berrou o nome do moleque.
        Ao ver o pai os olhos da criança (aproximadamente 5 anos), brilharam. Ele então começou a chamá-lo para mostrar as mil e uma cambalhotas que havia feito e estava a plenos pulmões chamar a sua atenção, quando os gritos se tornaram inconvenientes o pai olhou de maneira enfadonha para ele dizendo que sabia de tudo aquilo e era para se apressar que já estavam atrasados.
        Os ombros da criança caíram visivelmente, seus pequenos olhos se encheram de lágrimas...E o pai nem percebeu, quando o garoto saiu agarrou sua mão e foram embora para longe de meus olhos. Mas meu coração permaneceu mais um tempo com eles.
        Dá até para imaginar agora aonde quero chegar. Como que aqueles idosos solitários construíram a sua relação com a família. Será que tiveram tempo pra ouvir uma história longa, cheia de pequenos detalhes que as vezes até nem fazem sentido? Será que tiveram a sensibilidade de se abaixar para ficar a altura daqueles olhos brilhantes e fazer perguntas pertinentes ao assunto que está sendo abordado?    Trataram com respeito e amorosidade todas as pessoas enquanto estavam sendo observados pelos pequenos? Marcaram os encontros e despedidas com beijos e abraços afetuosos?
        Não basta pagar em dia a mensalidade da escola mais cara, ter o plano de saúde tal que cobre isso e aquilo, comprar as roupas de marca e todos os brinquedos da moda. Como dizia uma antiga propaganda: “Não basta ser pai, tem que participar”.

domingo, 17 de julho de 2011

Veronika Decide Morrer

                        
                        COELHO, Paulo Veronika Decide Morrer Ed. Obejetiva, Rio de Janeiro.1998,      221 págs.
       Fácil leitura, desperta a curiosidade e trata de questões humanas como o sentido da vida. Em linhas gerais, conta a história de uma moça que tenta suicídio e nesta tentativa danifica seu coração e descobre que morrerá em breve, diante da sentença de morte eminente começa a questionar a sua vida e acaba descobrindo sentido para ela. Essa situação se passa em um hospício e o que acontece com ela influência também outros pacientes que passam a questionar o sentido de suas vidas o que sutilmente conduz a um caminho de cura. 

sábado, 16 de julho de 2011

SERENDIPIDADE


            Reparou que temos o costume de comemorar somente quando acontece alguma coisa boa? É normal passar batido por um lindo por de sol, por todo um inverno sem gripe ou resfriados, pelas férias (só penso nisso agora), pela família, pelo emprego... Enfim, por uma infinidade de situações que podem nos soar corriqueiras, mas se olharmos a nossa volta percebemos que muita gente não tem.
            Até nos acontecimentos que a primeira vista nos parecem desagradáveis, é possível olhar por outro angulo e achar ali uma dádiva. O que estou sugerindo a primeira vista pode parecer absurdo. Celebrar tudo, inclusive os momentos ruins! Calma, respire fundo e continue lendo porque não enlouqueci.
            Viver desta ou daquela maneira é também uma questão de escolha. Acredito piamente que o universo conspira a nosso favor.  Sim, eu acredito em serendipismo.
            Tenho treinado bastante, mas ainda não consigo falar essa palavra de maneira suave e natural como ela merece. Esse súbito enriquecimento de vocabulário me veio de presente em um filme meia boca que assisti até com um pouco de má vontade. Mas em uma tarde de férias (ai que delícia!), em que todos dormiam e eu sem nada pra fazer... É um romance-comédia bem basiquinho. Não vou descrever em detalhes, quem se interessar pode procurar pela sinopse, ou pelo próprio filme: “Amor por acaso”.
            Basicamente são acontecimentos ruins que trazem coisas boas.
            Então minha gente, vamos celebrar tudo. Porque depois de todo fim sempre tem um novo começo. Segunda-feira, volto ao trabalho feliz da vida, celebrar, celebrar, celebrar...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Constelação Familiar


            Algumas situações em nossa vida fazem com que a gente se sinta num emaranhado, você percebe determinadas emoções e sentimentos e não tem a mínima idéia de onde eles estão vindo, qual a sua causa e o mais importante como se livrar.
            Já vou avisando que constelar não é fácil, emocionalmente se fica nua na frente de estranhos, todas as dores passam na frente de nossos olhos, dores até que nem sonhávamos existir.
            A primeira vez que ouvi falar achei besteira, depois aquilo parecia me perseguir. Era um comentário aqui e ali, um programa, uma reportagem... Até que a proposta para constelar caiu sobre a minha cabeça de maneira irrecusável. Ainda assim relutei, dei desculpas, tentei fugir, mas aquilo parecia me perseguir. Aceitei.
            Participei da de outras pessoas e a primeira teve um efeito estrondoso, você sente na sua pele emoções e sensações difíceis de descrever. E todos que iam fazendo no grupo relatavam a sensação de libertação.
            Então tomei coragem e fui, não foi fácil. Todos as assombrações que me perseguiam desde a mais tenra infância caíram sobre mim naquele momento. Desespero, dores físicas, angustia, medo... em alguns momentos parecia que não iria agüentar. Mas do meu lado as mãos delicadas e firmes da consteladora conduziam amorosamente a situação. E as poucos as nuvens foram se abrindo, sentia como se houvesse dentro do meu coração um cômodo fechado com grossas camada de ranço e bolor que pela primeira vez na vida abria suas portas e janelas deixando entrar o sol.
            Hoje posso dizer que “libertador” é pouco para descrever a constelação. Me sinto viva e sem medo da vida. Me sinto livre para receber o amor de todos os meus antepassados sem a necessidade de carregar as suas dores. Me sinto abençoada, protegida e capaz de enfrentar os desafios com dignidade e confiança.
            Já está sendo montado um novo grupo, e adivinha só, vou participar!   

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Kung Fu Panda 2


Já faz um tempinho que escrevi sobre o primeiro filme, agora que estou curtindo umas férias junto com a família e descascando pepinos fui ao cinema em plena segunda-feira, que coisa boa!!!
Pois é, me esqueci que esta época do ano tem muita gente em férias também, ou seja, tinha fila, a minha poltrona favorita não estava disponível e havia uma criatura maravilhosa atrás de mim chutando a minhas costas o tempo todo, sem contar que o brindezinho que se paga um absurdo pra comprar já tinha esgotado o personagem principal, só restavam os outros...
Mas devo admitir que o filme é muito bom, se me impressionou o primeiro com aquele diálogo o segundo é recheado de tiradas espiritualizadas, a que mais me chamou a atenção foi “deixar fluir...”
Tenho passado por algumas situações desgastantes em posições muito desconfortáveis onde dependo de outras pessoas para solucionar algumas questões que estão me tirando o sono e as coisas simplesmente não andam. Então esse deixar fluir caiu como uma luva neste momento da minha vida. Apesar de toda aquela agitação característica de cinema cheio, chorei dei risadas e ainda sai com esse conselho maravilhoso.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pequenos Delitos

     CARRASCO, Walcyr PEQUENOS DELITOS e outras crônicas Editora Best Sller, São Paulo SP, 2004, 207 páginas
Divertido a maneira como o autor explora os sentimentos e emoções humanas, desculpando as fraquezas de uma maneira leve e engraçada cria um elo de intimidade com o leitor.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Não sou mais...

     
       Hoje olhando retratos antigos e ouvindo algumas canções me peguei com um certo saudosismo irritante. Senti tanta falta de algumas coisas que nem cheguei a fazer, senti uma saudade louca dos meus sonhos e esperanças e das fantasias que nunca vivi.
       Já fiz muitas escolhas, umas acertadas e outras nem tanto. Sou agora o resultado palpável de cada uma delas e ao olhar o presente sinto alegria e magoa, mas não tem como voltar... Queria estar mais vez naquele lugar, ter aquela linda tarde de sol... Ter aquela luz na janela... Sinto medo, esperança, tristeza...
       Não sou mais a mesma pessoa destas fotos, na verdade nem sei quem sou. Sou uma pequena sombra do que fui... Uma pessoa diferente me fita no espelho, tinha muito tempo que não me olhava mais.
       E essas pessoas nas fotos quem serão agora? Um dia significaram tanto, agora são apenas pessoas sorrindo para o vazio. Que estranho...
       Fechei a caixa de lembraças. Queria ter forças para jogar tudo isso fora. Olho ao meu redor, tudo tão familiar. Eu tão diferente de mim...    

terça-feira, 5 de julho de 2011

O melhor ano de sua vida

 FORD, Debbie, O melhor ano de sua vida pode começar hoje, Editora Gente, São Paulo, 2006, 181 páginas
            Leitura suave, dicas práticas de auto organização, estimulante e cheio de possibilidades. É aquele tipo de leitura que faz com que se reveja nossa trajetória e dá uma bússola para novos rumos. Gostei, estou colocando em prática e se tiver a persistência necessária vou colher os resultados.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O túnel de luz


KÜBLER-ROSS, Elisabeth. O túnel e a luz, reflexões essenciais sobre e vida e a morte, Verus, Campinas SP, 2003, 218 páginas
            Melhor livro do ano, sem dúvida. Conseguiu me fazer curar algumas feridas. Leitura emocionante, fácil e agradável. Mostra como viver uma boa vida e abre a possibilidade de encarar a morte com naturalidade e aceitação.